quinta-feira, 26 de setembro de 2013

De onde vem a calma


Sumi da tela em branco, dei corda no relógio, me despertei mais cedo e juntei todas as coisas na cabeça. Dormia com todos os pensamentos acordados e me levantava com todas as ideias apostas para mais um dia. A agitação quando chega não dá espaço para quietude necessária para criação de um texto sobre coisa boa. É engraçado, quando estamos tristes é preciso lágrimas e da ferida aberta para que saia um bom desabafo. Mas quando a fase é boa, só precisamos de uma boa música, a paz que vem de dentro e a organização dos pensamentos.

Os últimos tempos trouxeram bons ventos e frutos.  Nem precisou chegar a primavera para o coração se alegrar, a alma se dispor e tudo entrar em seu lugar. Foram muitos os momentos enquanto aqui eu nada registrava. Foi muita informação para o período de anonimato.

Tudo começou a mudar nas férias, parei com as aulas de autoescola, depois da primeira reprovação na direção, e resolvi voltar para casa, passar um mês inteiro sem nada o que fazer, sem reuniões marcadas, sem tarefas pendentes, com o celular desligado, sem agenda e sem preocupar em fazer a minha própria comida. Fiquei longe da cidade grande, da dieta, da rotina doméstica, da oferta de empregos e das minhas próprias regras. Tudo isso não me pareceu uma boa ideia no primeiro momento. 

Muitas surpresas boas apareceram e transformaram esses dias de férias em recordações inesquecíveis. Aos poucos fui percebendo a necessidade que temos em alguns momentos da vida de nos mantermos perto de quem realmente gostamos. Por dias, desfrutei de abraços demorados de reencontros, risadas altas e sorrisos sinceros. Em dias de semana, cozinhei, bebi vinho, fui ao clube, sai para jantar, fui à serra, comi gordices e ainda caminhei em raras manhãs.

 Lá de cima pude ver a cidade e enxergar nela um pouco mais de mim. Percebi que voltar para casa nem sempre é perder a identidade e sim, reforçar nossa essência. Com o passar do tempo, fui gostando de tudo aquilo ali. Há muito tempo não sabia o que era ter tempo para mim. Ter vontade e poder sair para tomar sorvete no meio da tarde ou caminhar sem ter hora para voltar. Nada disso é tarefa fácil para quem vive em cidade grande. O descompasso entre o tempo que a gente tem e a agenda de compromissos não permite muitas vontades e caprichos.

Não ter hora para acordar, tomar sol debaixo da jabuticabeira, brincar com os cachorros, comer delícias da padaria e não saber qual programa fazer vão estar guardadas como lembranças sinônimas de calmaria e paz de espírito.  Para meu Deus tive também mais tempo, e foi assim que encontrei mais respostas e menos inquietude. Pude voltar mais serena,equilibrada e feliz. Em um primeiro momento, chorei com saudade de casa mas só assim reconheci a importância de voltar de onde viemos e assim ter a a certeza para onde vamos.


segunda-feira, 15 de julho de 2013

O que disse o silêncio

Escutar faz bem e foi isso que fiz durante a última semana. Tirei um tempo, aproveitei as férias e resolvi deixar falar aquilo que me fazia perder as horas. Dei voz a sentimentos, anseios e à minha religião. Escutei desde o ombro amigo até as palavras daquele que sabe o que diz. Parei, refleti, absorvi e ando vivendo.



Das várias coisas que escutei, falou alto a ansiedade e a inquietude. Escutei o que já sabia, mas que é preciso ser dito por outrem para que se dê ouvidos. Nesse caso, a cabeça às vezes não dialoga, grita, resmunga e faz barulho para que se pare e reflita sobre o que fazemos ou então, deixamos de viver. E foi por isso que me afastei de ruídos para escutar o que muitas vezes não damos tom e nem condições de se expressar.

Parecem óbvias as conclusões, mas nem tão dispensáveis.

Não devemos fugir do que acreditamos, e muito menos, desacreditar.
Clichê, mas desculpas não apagam o que foi dito, no entanto, significa tentativa para  recomeço.
Se chora sem motivo, se entristece fácil, é preciso oração.
O que é seu é seu, independente dos tempos, das idas e voltas.
Façamos a nossa parte, mesmo que ninguém veja. Nem sempre teremos recompensas para boas ações, mas elas precisam ser feitas.
Confie, confie, confie, se você ama e te faz bem.
Nem tudo é pra sempre, mas tudo que entra em sua vida tem um propósito.
Saudade se manifesta em sonhos e eu sonhei bastante essa semana.
Pensamentos negativos não devem pertencer à gente.
Viva o presente que só assim nos preparamos para o futuro.

E ame, ame, ame, seja quem for, mas da melhor forma, do melhor jeito e da melhor maneira que pode ser. Para família, amigos, amores e desconhecidos nunca seja mais ou menos, morno ou descrente. Prefira a intensidade, o calor e o excesso sem jamais esquecer do equilíbrio e da calmaria.

Voltemos a vida e aproveitemos a oportunidade que nos é dada a cada dia de poder fazer o melhor. Aumentando o som sem deixar de escutar as  vozes que nos direcionam e ditam os caminhos que desconhecemos.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Look do dia - modelos para Festa Junina

Como já comentei no post anterior, esta época do ano surge vários convites para festa junina. Pensando nisso, eu montei alguns looks que podem inspirar para a ocasião.

O tradicional vestido é muitas vezes a primeira opção, pode ser mandado fazer, comprado ou até mesmo alugado.  O aluguel compensa bastante, já que a quantia paga pelo empréstimo é baixo. Nas lojas, costuma-se encontrar diversos modelos, desde o mais colorido até o tradicional xadrez. Neste fim de semana, eu optei por um bem simples, mas bem charmoso. O look não tem muito segredo, às vezes o interessante é caprichar nos detalhes. Optei pela sapatilha, mas o vestido permite o uso de uma sandália fechada ou bota. Deem uma olhada.

Como o inverno já chegou e geralmente as noites estão frias, fica difícil não colocar um agasalho. O uso de jaquetas, blazers e blusas de frio são permitidos, mas tem que tomar cuidado para não estragar o encanto da roupa. Para as noites, uma boa opção é o uso de meias calças que compõe muito bem o look.
Eu adoro a ideia de vestir a caráter, mas compreendo que existem pessoas que não gostam de ter o trabalho de sair procurando pelo vestido. E nem por isso, elas tem que ficar fora da comemoração. Basta procurar no guarda-roupa uma peça xadrez ou até mesmo country e montar um look. Se a festa junina for a noite, abusem dos shorts e das saia. Nesta combinação eu optei por uma blusa xadrez que por si só já faz o look. Mas relembrando que fica difícil usar essa roupa a noite devido às baixas temperaturas.


Por fim, fiz a montagem de um look mais para noite. Usei uma calça de montaria, botas e uma blusa xadrez maior. Assim como a combinação acima, a camisa pode ser usado por dentro da calça ou podemos dar um nó na altura da barriga. O lencinho também fica um charme. Abuse!

O que acharam??


segunda-feira, 1 de julho de 2013

Como organizar uma festa junina

O mês de julho chegou e as festas juninas  continuam sendo realizadas. Essa semana estive em um aniversário que teve esse tema como inspiração, cada detalhe estava muito mimoso, e então, resolvi trazer algumas dicas para quem também deseja promover um arraial.  

É uma festa que bem planejada não se gasta muito dinheiro, mas demanda bastante capricho para que fique convidativa.  Por isso, é de extrema importância lembrar alguns pontos que não podem faltar na organização.

Decoração

O ideal é usar uma decoração colorida que remeta ao clima alegre e descontraído. Não podem faltar bandeirolas penduradas em toda a área da festa. Elas são o principal enfeite da festa e podem ser feitas com papel seda, revistas ou ainda ser compradas prontas. A fogueira também é essencial que tenha,  para fazê-la artificialmente é recomendável que se use papel celofane e madeira.
Para a decoração das mesas, uma opção é decorá-las com tecidos chita ou tnt coloridos cortados em formato quadrangular ou retangular. Para a mesa de guloseimas, uma boa pedida é que elas sejam colocadas dentro dos chapéus  de palha que confere todo um charme a mais. Caso seja a comemoração de um aniversário, o bolo também precisa ser decorado de acordo com a temática.
Comida Típica
Alguns itens não podem faltar para uma boa festa junina:

·         Caldos

·         Canjica

·         Pipoca

·         Quentão

·         Cocada

·         Pé de Moleque

·         Maçã do Amor

·         Pé de Moleque
 
Quem não quiser gastar muito com a comida é aconselhável que sirva, pelo menos, o caldo de feijão e o de mandioca, além de uma opção de doce.

Músicas de Festa Junina
As canções de Luiz Gonzaga são sempre bem vindas para compor o repertório junino. Mas deixo aqui uma playlist que pode ajudar na hora da escolha.

Playlist - Festa Junina


Faltou alguma coisa? No próximo post, iremos trazer looks para vocês arrasarem nas comemorações. Se inspire e prepare o arraiá.  Lembre -se que alegria e animação não devem faltar.

domingo, 30 de junho de 2013

Sensação verde e amarela

“Não entendo de futebol, mas gosto bastante, o suficiente para achar memorável o que presenciei."

Eu fui à Copa das Confederações e senti na pele o arrepio de cantar o hino nacional até o fim em alto e bom tom. E acompanhei em um dos jogos, o despertar do gigante do futebol. Fazia gosto de ver a beleza e a energia da festa. Mas nem por isso e em momento algum eu ignorei ou menosprezei o que acontecia fora dos estádios. Eu respeitava ainda mais quem estava nas ruas também entoando “ó pátria amada Brasil”. Entendi desde o início que o protesto não era contra a seleção e muito menos contra o futebol de tantos títulos. O movimento veio para sacudir à todos e isso apenas não excluía os jogadores. E como todos podemos assistir, isso foi vital para que atletas e torcida entrassem em campo com ainda mais garra e vontade de defender o país.
Era preciso virar manchete, e virou, as páginas estamparam o Brasil, seja fora ou dentro do cordão de isolamento. Em quinze dias foi difícil encontrar um dia em que o país não tenha sido citado nos noticiários do mundo todo. As caras pintadas, a luta por direitos e a vontade de recuperar o respeito dos adversários estampavam as manchetes nacionais e internacionais. O povo lutava contra o sistema buscando que os representantes reconhecessem a importância de ouvi-los para o bom funcionamento da democracia. E a seleção ambicionava honrar a tradição no futebol.
Fui ao estádio sim, paguei pelo ingresso e obedeci às normas da FIFA.  A Copa das Confederações e a Copa do Mundo não escolheram o Brasil como sede, fomos nós que fizemos campanha e optamos por ambos. Porém não há como condenar os protestos contra os altos investimentos para receber tais eventos. O fato é que, para mim, quem erra não são os visitantes e sim os anfitriões que não sabem preparar a casa sem esconder as sujeiras debaixo do gramado.

Foi indescritível a sensação de participar da Copa das Confederações. Vesti a camisa, cheguei mais cedo ao estádio, tirei foto lembrança, conferi estandes de patrocinadores, comi o tradicional tropeiro, fiz amizade com desconhecidos, usei peruca verde e me vesti com a bandeira do Brasil. Gritei até a voz falhar.  Eu gosto de futebol e admiro a seleção. É legal acompanhar o que o espírito seguro, paternal e tradicional do Felipão é capaz de fazer com a equipe. Sou fã dos bons dribles e da história de muitos jogadores.Sou adepta da ideia da imposição de ordem e normas dentro de um grupo para que se alcance o sucesso e admiração. Não ia perder a oportunidade de acompanhar isso de perto.
Vencemos em campo e podemos vencer nas ruas. Não tenho raiva da FIFA e sim, daqueles que não sabem fazer as coisas direito e com honestidade. Pelo contrário, a federação serve para mim como inspiração para que a luta não termine, uma vez que ela conseguiu o que a gente não consegue do nosso país: organização, segurança, capacidade produtiva, altos investimentos financeiros e por aí vai.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Look do dia: Vestido com estampa oriental

Como a temperatura ainda não abaixou, dá para apostar no uso dos vestidos. Esse look é uma ótima saída para um dia de trabalho no qual se tem um compromisso depois do expediente. O vestido com estampa e corte oriental é elegante, comportado e adequado para qualquer hora do dia. 

Para esta combinação, eu escolhi um sapato fechado, porém o look também permite o uso de sandália, scarpin e sapatilha. Cuidado para não usarem acessórios grosseiros para não estragar o look. Meu cabelo está solto nas fotos que vocês podem conferir, mas acredito que um rabo de cavalo ou um coque valorizaria ainda mais a roupa.

Pelo que eu li, a estampa oriental pode ser tendência nesse ano. A combinação dessas peças podem ser feitas com peças brasileiras para que o look fique despojado e elegante.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Da boca para dentro

 
Um dia me perguntaram qual  palavra eu achava mais bonita. “Gentileza, delicadeza, não sei, ambas eu gosto e acho essencial”. A resposta veio rápida e soou doce, talvez “singela”, ta aí outra que eu gosto. Combinação simples e que faz a diferença, e nem por isso é comum de se encontrar. Hoje, vendo tanta gente saindo às ruas, pedindo por reforma e mudança em alto e bom som, entoando uma única voz, penso por que não? Uma transformação íntima, individual e que demandaria apenas dos nossos esforços.
É que para as coisas mudarem tem que partir da gente, do bom dia em casa, da educação e tranqüilidade no trânsito, da proatividade no trabalho, da consciência na hora de ceder o lugar para quem tem prioridade no transporte coletivo e da serenidade na hora de colocar a cabeça no travesseiro. Porque não pode ir para a rua exigir respeito, transparência e justiça aquele que não tem isso refletido nos gestos do dia a dia. Se a reforma fosse realizada, primeiro, intimamente, teríamos menos vandalismo e menos combate. Seria menor a luta, assim como também menor as queixas. Os políticos seriam diferentes, porque ser gentil é sinônimo de afável, amável, atencioso, cortês, delicado, educado e gracioso e isso, a gente não vê por aqui. Será que dá para entender onde eu quero chegar? É simples, muitos dos protestantes que desconhecem a gentileza podiam muito bem serem símbolos do sistema brasileiro, bastava apenas desfrutarem do poder.
Ser gentil é ser alguém capaz de mudar uma realidade. É ter tato para reivindicar de forma pacífica e coerente, coragem pra cantar o hino sem ser por modinha e sim, por patriotismo. É poder exigir do outro porque já fez o seu dever de casa.
Não estou indo contra as manifestações, mas já que é para mudar, vamos mudar tudo de uma vez, a começar, em casa, dentro da gente. Porque quando vemos uma multidão na rua, nem sempre significa a convergência dos protestos, na maioria das vezes, pelo contrário, reacendeu em cada um motivos diferentes para estar ali.  

Flores na mão, sorriso no rosto, bom senso, bons modos, sentimento de coletividade, de fazer parte de um único movimento, de colaborar e respeitar as limitações de todos já é um bom começo. Para se obter o progresso é necessário a ordem que, ao meu ver, começa de dentro para fora, da gente para o Brasil.

DICA DO DIA: Antes de irem protestar no sábado, para quem estiver em Belo Horizonte, passem na Praça Duque de Caxias no Santa Tereza e desfrutem um pouco desse espírito de gentileza.  Será realizada a II Feira Grátis de Gratidão realizada com o apoio do  Coletivo Gentileza na qual a proposta é que as pessoas levem o que quiserem e peguem o que desejar. Achou estranho? Conheça a proposta, aqui.